Em 08 de dezembro de 2019 acordei com uma sensação de peso no peito, como se algo muito pesado estivesse sobre mim e também estava suando frio, pensei que era algum ataque de pânico ou algo do tipo e após aproximadamente 1 hora fui para a emergência.
Fui atendida rapidamente e fiz eletrocardiograma que se mostrou alterado.
Segui para cateterismo com diagnóstico de infarto. No cateterismo o exame se mostrou limpo, sem sinal de aterosclerose e necrose e então suspeitou-se de endocardite.
Durante o cateterismo iniciado pelo braço houve resistência e teve que ser continuado pela femural. Após o procedimento fui encaminhada para UTI.
Dois dias (12/12) depois para confirmar a endocardite foi realizada uma angioressonância e durante esse exame houve a suspeita da dissecção aí segui direto para angiotomografia que confirmou o diagnóstico além da presença de artéria subclávia direita aberrante.
Após o diagnóstico voltei para UTI, fui orientada a não fazer esforço nem para levantar e comecei a um controle rígido da pressão com medicação venosa e oral.
Após discussão do caso foi definido seguir com tratamento clínico conservador, sem cirurgia e em segundo momento, após cronificação e diminuição da inflamação, se necessário, realizar a cirurgia.
Após alguns dias recebi alta para o quarto e depois para casa. Devido a minha idade e a falta de causas para a dissecção foi indicada uma investigação genética realizada e
constatada alteração de significado incerto no gene COL3A1, gene ligado à síndrome de Ehlers Danlos.
Pelo resultado genético e estabilidade da dissecção, até então, foi proposto continuar o tratamento conservador a base de medicação de uso contínuo para manter a pressão baixa e mudanças no comportamento (não fazer esforço físico ou levantar peso de forma alguma) e sem intervenção cirúrgica.
Após um tempo de acompanhamento foi removido o maleato de enalapril por ter muita queixa de cansaço e depois de um tempo reduzi a dose de atenolol matinal por 50mg, em vez de 100mg.
Em 05 de maio de 2020, após sentir dor aguda e pontual na região abaixo do peito do lado esquerdo fui para emergência e devido ao meu histórico fiz uma angiotomografia.
Após sair o resultado foi aconselhado passar a noite na UTI para acompanhar a sintomatologia. Houve discussão sobre o aumento, em comprimento, da dissecção e a necessidade ou não de cirurgia.
Consultei vários cardiologistas e permanecemos no tratamento medicamentoso.
Consultei médicos que conhecem a síndrome de Ehlers Danlos para avaliar outros fatores ligados a essa síndrome. Foi realizado RM da cabeça e do pescoço para avaliar possíveis pontos com propensão para futuras dissecções e alterações anatômicas, exames de sangue, radiografia da coluna cervical, quadril e joelhos.
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