Em um domingo de manhã senti uma dor dilacerante no peito e pescoço, perda de visão com um quase desmaio. Fui no plantão da Unimed, me falaram que não era nada, eletro normal, me mandaram pra casa.

Voltei para casa, mas depois disso estava muito fraco, sem fome, e com dor no estômago e fôlego zero. No decorrer da semana fui em um clínico geral médico da família que me orientou a procurar um cardiologista, pois estava escutando um sopro no coração. 

Marquei cardiologista e fui e me mandaram fazer alguns exames.

Quando fui fazer a eco, o diagnóstico me desnorteou de vez. O médico deu uma respirada funda, vi que tinha algo errado e falou: “Você precisa sair daqui urgente e fazer uma cirurgia do coração o mais rápido possível.” Chamou enfermeiras, cadeira de rodas, ambulância com destino a UTI do hospital.

Meu diagnóstico péssimo, era DISSECÇÃO DE AORTA, ou seja, minha aorta rompeu e de três camadas apenas uma estava sustentando todo sangue do corpo, se chegasse a romper muito provavelmente não haveria volta.

Chegando no hospital que era próximo, meu cardio já estava lá, junto com um cirurgião, segundo toda equipe para minha sorte falando que era o melhor da região. 

Perguntei para ele se era sério meu problema, ele muito sincero e de poucas palavras falou que sim. Fiz a cirurgia, botei tubo na aorta, válvula aórtica metálica, reconstrução de coronárias cirurgia de bentall de bono.

Minha recuperação foi difícil, fiquei muito abalado emocionalmente, tive que tratar ansiedade e pânico, e aguardar pois talvez teria que fazer mais uma cirurgia via cateter. Graças a Deus minha falsa luz trombosou, meu rim voltou funcionar ainda no hospital.

Hoje, quase 6 anos depois, vivo super bem até que Deus quiser. 

Sou trabalhador da roça, sou da serra gaúcha, trabalho normalmente evitando exageros, faço meus exames e consulta semestralmente, no mais, vida que segue.